Queridos Amigos

A nossa comunidade da Capela do Rato atravessa, no presente, momentos de turbulência pela crítica situação clínica do nosso querido José Alberto. Permanece em coma induzido e a situação pode prolongar-se por dias ou semanas… O prognóstico continua muito reservado e incerto o tempo desta dolorosa espera.

Dizia-me o Capelão do Hospital de S. José, que tem assistido ao José Alberto, que aquela unidade de neurocríticos vive continuamente a tocar o mistério: nunca se sabe o que pode vir a acontecer. E assim, no silêncio vivente de um corpo que aparenta dormir profundamente, tocamos o mistério de Deus, de cada pessoa, da fragilidade e do imprevisível da vida.

Esperamos, literalmente, contra toda a esperança, mobilizados numa comunhão orante e afetiva com a família, e uns com os outros. É o que nos pode confortar, é o que nos pode curar, é o que nos pode consolar neste tempo de prova e de perda. Mais do que nunca precisamos de fortalecer os laços da nossa pertença e identidade comuns, de sermos uma comunidade que sabe comungar alegrias e dores, esperanças e angústias.

Vamos concretizar a nossa assembleia comunitária anunciada no início do ano pastoral. Temos agora razões acrescidas para reforçar os laços da nossa comunhão e da nossa corresponsabilidade. Precisamos de atravessar este tempo de prova unidos, consolando-nos uns aos outros e procedendo a alguns reajustes organizativos. Assim nos cumprimos, no imediato, no estilo sinodal que nos inspira a ser e agir em comunidade.

Convoco-vos a todos e todas, aqueles(as) que exercem serviços e ministérios comunitários, os(as) coordenadores(ras) de serviços, os grupos de reflexão sinodal, para uma assembleia comunitária, a realizar no próximo dia 27 de outubro, pelas 21.30h, na Capela do Rato. Vamos rezar e consolarmo-nos juntos, e também tomarmos as necessárias decisões operativas.

O vosso Capelão
P. António Martins