A eucaristia do IV Domingo do Advento (20.12.2020) será celebrada com cânticos em gregoriano próprios deste tempo litúrgico. Serão interpretadas também três peças do compositor inglês do século XVI William Byrd.

O canto é uma generosa e graciosa participação do Coro dos Amigos do Conservatório Nacional (CACN), dirigido pelo maestro e compositor Luís Lopes Cardoso. Não se trata de um concerto mas de «reconvocar a herança musical católica para o seu loco proprio, a celebração da eucarística» (nota sobre a seleção musical).

A eucaristia será transmitida às 11h, via streaming.

No final da celebração da eucaristia serão benzidas as imagens do Menino Jesus a colocar nos presépios. Pede-se às pessoas que vão participar presencialmente que levem a imagem do Menino para apresentar na altura da bênção. As pessoas que vão seguir on line tenham perto de si também a imagem do Menino.

 

Nota sobre a seleção musical

O CACN (Coro Amigos do Conservatório Nacional), apesar de não ter uma vocação especificamente litúrgica, encontra no património musical da Igreja um manancial de repertório de elevado interesse estético e cultural, que importa valorizar. 

Concomitantemente, tem consciência de que essa música surgiu associada a uma finalidade concreta e num contexto determinado: a  celebração  da liturgia; e que a sua apresentação em contexto idêntico pode proporcionar um modo de escuta e fruição distintos dos de um concerto.

Assim, propusemos à Capela do Rato não um concerto de música sacra, mas o reconvocar da herança musical católica para o seu loco proprio, designadamente a celebração da liturgia eucarística.

Para este efeito recorremos:

– a um ordinário polifónico a três vozes (que vamos cantar parcialmente) da autoria do compositor católico inglês William Byrd (c. 1539-1623), o qual viveu, pessoal e musicalmente, a sua fé em circunstâncias difíceis de perseguição religiosa e política;

e

– a um próprio neogregoriano que emana da tradição monódica cristã, tal  como  foi  acolhida  e  adaptada  pela   Igreja,  em  resposta  a  invectivas concretas  do  Concílio  Vaticano  II  (cfr.  Sacrosanctum  Concilium,  117): referimo-nos em concreto ao Graduale Simplex, editio typica altera, in usum minorum ecclesiarum («Gradual simples, edição oficial alternativa, para uso das igrejas com menos recursos»).

Esta   escolha é   complementada   por   um   Pater   noster   do   Graduale Romanum e por hinos da tradição gregorianos: Tantum ergo, pós-comunhão, e Alma Redemptoris Mater, final.