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Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. Tudo começa com uma palavra cheia de delicadeza e respeito: se me amardes… «Se»: um ponto de partida tão humilde, tão livre, tão confiante. Não se trata de uma ordem (deveis observar), mas de uma constatação: se amardes, entrareis num mundo novo.

Sabemo-lo por experiência: quando se ama, o sol ilumina-se, as ações enchem-se de força e de calor, de intensidade e de alegria. A vida floresce como uma flor espontânea.

Guardareis os «meus» mandamentos, diz. «Meus» não tanto porque prescritos por mim, mas porque recapitulam toda a minha vida. Se me amardes, vivereis como Eu! Se amas Cristo, Ele habita-te os pensamentos, as ações, as palavras, e transforma-as.

Então começarás a ter o seu sabor de liberdade, de paz, de perdão, de boas relações, a beleza do seu viver. Começarás a viver a sua vida boa, bela e feliz. Ama, e o que queres, faz (Santo Agostinho).

Se amas, não poderás ferir, trair, derrubar, violar, ridicularizar. Se amas, só poderás socorrer, acolher, abençoar. E isto por causa de uma lei interior bem mais exigente do que qualquer lei externa. Ama, e vai onde te leva o coração.

Numa espécie de comovente e persuasiva monotonia, Jesus repete sete vezes neste excerto: vós em mim, Eu em vós, estarei convosco, virei a vós. Através de uma palavra de apenas duas letras, «em», fala do seu sonho de comunhão.

Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura – ler texto completo aqui.