Para Sábado santo privilegiamos o silêncio. É o silêncio que indicia o esvaziamento de tudo e prenuncia a renovação de tudo. E pensámos em duas magníficas obras de arte, alusivas ao mesmo tema, Pieta. Porque no silêncio do Sábado santo ainda se sente, de alguma forma, o absoluto desamparo que decorre da paixão e morte de Cristo.

Na escultura de Michelangelo encontramos a mãe de rosto jovem, cujo corpo é uma verdadeira “jangada” (citando as palavras de D. José Tolentino Mendonça nas conversas de há um ano atrás para a Agência Ecclesia) que acolhe o corpo de Jesus. No óleo de Franz von Stuck não há como desviar o olhar da angústia, da morte, mas também da vida nele expressas.

João Madureira e Cristiana Vasconcelos Rodrigues