“Fui para o corredor da morte com 25 anos, em 1996. Quando fecharam a porta da minha cela e me vi sozinho, comecei a chorar. Não acreditava em Deus, sentia-me abandonado. Não podia compreender porque é que isto me tinha acontecido.” O relato é de Joaquín Martínez, 46 anos, equatoriano de nascimento. Em Portugal a convite da Comunidade de Sant’Egídio, Joaquín contou a sua história na Capela do Rato, em Lisboa, nesta quinta-feira, 29 de novembro. Num depoimento emocional, o ativista pretendeu transmitir a cruel realidade da pena de morte e a mais cruel realidade de ter sido condenado mesmo sendo inocente.

Em pequeno, o equatoriano viveu em Espanha por um curto período de tempo antes de emigrar para os Estados Unidos. Aqui permaneceria a maior parte da sua vida adulta – primeiro em Nova Iorque, depois em Miami: “Venho de uma boa família. Tive uma boa educação, estudei, não sou o prisioneiro típico.”

Aos 24 anos, vivia em Tampa, na Flórida, e estava a concretizar o “sonho americano”: tinha um bom carro, uma casa na praia e duas filhas pequenas. No entanto, estava a passar por um divórcio complicado, algo que, diz em jeito de brincadeira, “também fazer parte do sonho americano”.

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