O papa Francisco elogiou hoje, no Vaticano, o papel dos investidores que destinam parte dos seus recursos para o desenvolvimento de infraestruturas básicas ao serviço de populações desfavorecidas, ainda que com retorno financeiro menor do que noutras aplicações, e vincou que os mercados não podem continuar a determinar o futuro das nações.
Excertos da intervenção:
«Os investidores de impacto estão conscientes da existência de graves situações de iniquidade, de profunda desigualdade social e das penosas condições de inferioridade em que se encontram populações inteiras.
Eles dirigem-se a organismos financeiros que utilizam os recursos para promover o desenvolvimento económico e social das populações pobres, com fundos de investimentos destinados a satisfazer as suas necessidades basilares ligadas à agricultura, ao acesso à água, à possibilidade de dispor de habitações dignas a preços acessíveis, bem como a serviços primários para a saúde e educação.
Esses investimentos pretendem produzir um impacto social positivo para as populações locais, como a criação de postos de trabalho, o acesso à energia, a instrução e o crescimento da produtividade agrícola. Os retornos financeiros para os investidores tendem a ser mais moderados do que noutros tipos de investimento.
A lógica que anima estas inovadoras formas de intervenção é aquela que “reconhece o laço original entre lucro e solidariedade, a existência de uma circularidade fecunda entre ganho e dom (…).
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura – ler artigo completo aqui.